Projeto de Economia Solidária ajuda famílias com alimentos e cursos de capacitação

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Por meio de um projeto com “moeda social” ou “economia solidária” mais de 30 famílias recebem alimentos e cursos de capacitação no Jardim Novo Mundo, no limite entre Sorocaba e Votorantim (SP).

O projeto surgiu no ano passado e tem o objetivo de ajudar as famílias a conquistarem conhecimento, dignidade e autonomia. A renda das pessoas atendidas no local não passa de R$ 200 para cada membro da família.

Conforme explica coordenadora de projetos do Banco de Alimentos, Lucinda da Silveira Leite, para que as famílias tenham direito ao “dinheiro social”, elas têm algumas alternativas: podem participar da coleta de material reciclável, trabalhar na horta comunitária ou fazer cursos.

“Independente do que o mercado dita lá fora, a gente reconhece isso como um tempo. O tempo é reconhecido como valor e valor é trocado por moeda, semente. É uma forma de manter os recursos e o tempo de trabalho dessas mulheres dentro da comunidade para fortalecer a comunidade”, afirma.

Caroline Gomes da Silva é uma das mulheres que recebem ajuda do projeto. Ela explicou, em entrevista à TV TEM, que o marido trabalha, mas o dinheiro não é suficiente para alimentar todos.

Toda terça e quinta-feira ela pode fazer “compras” no armazém. O pagamento não é feito em dinheiro, mas com papéis coloridos. São moedas sociais chamadas também de “sementes”.

“Eu adoro. Tem, agora, o curso de bolsa de crochê que a gente está fazendo. Nunca tinha feito, mas adorei fazer. Para mim é uma oportunidade. Eu não consegui arrumar emprego e isso ajuda muito as famílias do todo mundo”, conta Caroline.

O projeto conta com a ajuda de pessoas, empresas e instituições que doam os alimentos. Os produtos ficam à disposição na prateleira do armazém. Em seis meses, as famílias conseguiram o valor de compra de 25 mil sementes.

“Vale lembrar que 25 mil sementes não correspondem a R$ 25 mil porque os preços da mercearia são muito menos inflacionados”, explica Lucinda.

O projeto agora está sendo documentado, pra que o modelo possa ser levado para outros bairros e cidades. Há também um planejamento de cursos de alfabetização para as famílias.

“A gente está proporcionando para essas famílias dignidade e autonomia ao passo que estamos emancipando para que se tornem autônomas na vida, no aprendizado, e deixem de ser atendidas pelo projeto”, detalha a coordenadora da Associação Luar, Sandra Almeida.

( FONTE: G1)

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